Eles previram o futuro!
- Fred Sekkel
- há 1 dia
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No começo do século XVI, em uma França novamente assolada pela peste negra, nascia em Saint-Rémy-de-Provence aquele que viria a ser o maior vidente de todos: Michel de Nostredame. Astrólogo, médico e curandeiro que trabalhava com ervas medicinais para tentar aplacar os sintomas da peste bubônica responsável por vitimar sua primeira esposa e seus dois filhos, Nostradamus (Nossa Senhora em Latim) ficaria mundialmente famoso por suas controversas profecias. Usando de prosa, rima e muitos jogos de palavras, ele escreveu seus livros, almanaques e quadras proféticas em francês, grego, italiano e provençal.
Apesar dos acadêmicos e estudiosos de suas obras afirmarem que os conteúdos são vagos, imprecisos e baseados em diversas outras publicações, histórias e relatos anteriores, e de que seus tradutores nunca se basearam nos textos verdadeiramente originais, até hoje são atribuídas a Nostradamus algumas previsões de importantes fatos históricos, como o Grande Incêndio de Londres, a Revolução Francesa, a ascensão dos ditadores Napoleão e Hitler, a destruição nuclear de Hiroshima e Nagasaki, o pouso do homem na Lua e eventos mais recentes, a morte da princesa de Gales e os ataques de 11 de setembro, por exemplo.
Reza a lenda em torno do oráculo vivo que ele usava astronomia, a bibliomancia, meditação e a visão remota do futuro observando imagens que apareciam refletidas em uma bacia com água.
Seu livro mais célebre e estudado Les Prophétis (As profecias), também traduzido como as Centúrias, traz 942 quadras interpretativas para seus presságios, incluindo uma suposta destruição do nosso planeta, no ano de 3797, por uma chuva de meteoros.
Antes de entrar na Ufologia, que obviamente é o tema deste artigo, quero só mencionar mais uma vidente que, assim como Nostradamus, ficou muito famosa e virou até tema de programas do History Channel: Vangelia Pandeva Surcheva, mais conhecida como Baba Vanga (Avó Vanga em búlgaro).
Nascida prematura em 1911, em Estrúmica, região da Macedônia do Norte, fronteira com a Bulgária, Vangelia foi mais uma entre tantas crianças que sofreram com os horrores da primeira Grande Guerra. Seu pai havia sido convocado para o combate, sua mãe morreria logo depois e a menina se viu na pobreza, sendo amparada pela caridade de vizinhos e amigos da família.
Mas o destino preparou uma mudança em sua vida tão brusca quanto uma tempestade.
Em um certo dia, um tornado que varreu a cidade, atingiu Surcheva, erguendo seu corpo ao céu e arremessando-o para longe. Depois de intensas buscas, a mocinha foi encontrada com seus olhos machucados, cobertos de areia e poeira. Os ferimentos levaram a uma perda progressiva de sua visão. Aos 14 anos, Vanga foi matriculada numa escola para deficientes visuais em Zemun na Sérvia, onde aprendeu a ler em braile, tocar piano e os afazeres domésticos.
Vanga cuidou dos seus irmãos menores com o falecimento da madrasta, escapou da morte certa após contrair pleurisia e, na época da segunda Guerra Mundial, começou a atrair devotos quando iniciou a manifestação de suas habilidades de cura e adivinhação.
Baba Vanga fez previsões sobre soldados desaparecidos na guerra, o que teria lhe dado a fama inaugural. É conferida a ela as previsões sobre a dissolução da União Soviética, o desastre de Chernobyl, a data da morte de Joseph Stálin, o naufrágio do submarino Kursk e até a morte da cantora iugoslava Silvana Armenulić que visitou a vidente dois meses antes de enfrentar um acidente fatal de automóvel.
Tem gente que alega conseguir prever o futuro lendo as cartas, as linhas das mãos, jogando búzios, analisando as marcas da borra de café numa xícara ou olhando dentro de uma bola de cristal. Só que também existem algumas pessoas que alcançaram visões do amanhã, de um jeito bem diferente: pelo contato com EXTRATERRESTRES.
Eu vou contar para você, caro leitor, quatro rápidos casos (dois ilustres e dois anônimos) de pessoas que vislumbraram algo a frente do seu tempo, porque se envolveram de alguma forma com o, agora chamado assim, fenômeno anômalo não identificado, mesmo que em alguns destes incidentes, os responsáveis pelo fenômeno foram, sim, identificados.
O primeiro da minha lista, é o caso que de tão curioso, intenso e prolongado, acabou virando um livro, escrito por aquele que viveu a insólita experiência. Estou falando do Artur Berlet e sua obra “Os Discos Voadores da utopia à realidade – narrativa de uma real viagem a outro planeta”.
Numa publicação de 148 páginas, que você pode encontrar facilmente na Internet no formato de arquivo PDF, o gaúcho da região do Sarandi, nos conta como, na noite de 14 de maio de 1958, ao se aproximar de um objeto que emitia luz e parecia com “duas bandejas sobrepostas”, Artur foi atingido por um raio e desmaiou.
Ao retomar os sentidos, Berlet já estava em uma nave pousada em outro planeta a 62 milhões de quilômetros da Terra, seu nome era Acart. Descendente de europeus, Artur tentou se comunicar com os seres, que se pareciam com humanos de pele bem branca e cabelos cor de palha, tentando idiomas como o português, italiano, espanhol até que ele falou algo em alemão, sendo finalmente compreendido e recebendo como resposta a indagação:
- Deutsch?
O ser acartiano que conseguiu o contato verbal se chamava Acorc, explicou que estudava os habitantes da Terra há algum tempo e conhecia um pouco da língua alemã. A partir deste ponto, este extraterrestre seria o guia de Artur pelo planeta Acart, local onde ele ficaria por um total de 11 dias. É aqui que podemos afirmar que o agricultor e tratorista Artur Berlet esteve diante do futuro tecnológico que nós só conheceríamos décadas depois.
No planeta distante, os seres se comunicavam com pequenos aparelhos portáteis capazes de transmitir som e imagem. Sim, aparelhos celulares que obviamente não existam na realidade do gaúcho, na década de 50. Na residência de Acorc, aquele humano deslocado também viu na parede uma espécie de “quadro” onde apareciam imagens em movimento, um paralelo claro com o que hoje nos conhecemos como as televisões “sem tubo”, de plasma, LCD ou LED.
E a mais incrível visualização do porvir foi o que Artur viu pela janela da nave, durante seu regresso ao nosso mundo. Berlet avistou um pontinho azul no espaço e quando a espaçonave se aproximou mais, ele logo entendeu que aquela era a Terra e o nosso planeta era mesmo azul!
A humanidade só iria confirmar essa alegação 3 anos mais tarde, quando o primeiro homem seria colocado em órbita, o cosmonauta russo Yuri Gagarin, em 12 de abril de 1961.
Outro caso que ficou globalmente afamado aconteceu em 15 maio de 1989, quando um homem que se escondia atrás do pseudônimo de Dennis deu uma entrevista para o jornalista americano George Knapp, na época empregado para o canal 8 dos EUA, a KLAS-TV, revelando ali que havia trabalhado dentro da área 51, numa base anexa de código S-4, em um projeto ultrassecreto de engenharia reversa no motor de uma nave alienígena resgatada.
Além de dar detalhes sobre a nave e seu funcionamento, “Dennis”, que na verdade era Robert Scott Lazar, falou a respeito do combustível do veículo extraterrestre: o elemento 115.
Na década de 80, a nossa ciência nem tinha ouvido falar de nada parecido. Só que Bob Lazar estava dizendo a verdade. O físico que tinha tido o seu currículo acadêmico “apagado” por alguma agência do governo americano, estava contando para todo mundo sobre 9 naves que estavam em poder dos militares e acerca de um elemento químico que só seria oficialmente descoberto 14 depois, em 2003, por um grupo de cientistas russos e norte-americanos.
Já em 2015, a União Internacional de Química Pura e Aplicada reconheceu oficialmente o elemento 115. No ano seguinte, a mesma IUPAC aprovou o nome e o símbolo Móscovio (Mc) para este elemento sintético, radioativo e superpesado.
Como Artur e Bob poderiam saber essas coisas, conhecer estas inovações e descobertas antes de toda a raça humana? Eles não viajaram no tempo e nem previram o futuro. Eles apenas viram o futuro tecnológico dos alienígenas, bem diante dos seus olhos.
Se você chegou até aqui e é realmente um fã de Ufologia, pode ter certeza que vai ter valido a pena, porque vou relatar agora dois casos que certamente você não ouviu, nem viu em lugar nenhum.
Isso porque eles foram contados para mim diretamente por quem os viveu na pele. Quando eu resolvi pesquisar seriamente os fenômenos anômalos não identificados (na época, eles nem tinham esse nome pomposo), eu fui atrás de pesquisadores sérios e experientes.
Na ocasião, em 2005, um renomado pesquisador carioca realizava quinzenalmente reuniões no bairro do Humaitá, Rio de Janeiro. Me inscrevi, viajei de ônibus para as terras fluminenses e prestei muita atenção a todas as pessoas que subiram naquele palco, mandando suas incríveis experiências de contato.
Um destes indivíduos, que eu infelizmente não recordo o nome, era uma senhora com pouco mais de 80 anos apoiando-se numa bengala para seguir firme narrando sua curiosa vida. A octogenária dizia que era filha de um militar da marinha que trabalhava numa embarcação cuja função principal finalidade era pesquisar, registrar e armazenar informações sobre OVNIs e OSNIs, os objetos submersos não identificados. No navio, havia um laboratório com todo tipo de equipamento de filmagem e fotografia para qualquer coisa que fugisse dos padrões normais.
Em um relato cheio de emoção e veracidade, aquela mulher descreveu o dia em que seu pai brigou com sua mamãe e logo em seguida levou a levou, ainda menina, aos seis anos de idade, para ir à praia do Guarujá. Segundo o que ela nos conta, naquele tempo, o Guarujá não passava de um areal com pouquíssimas casas no local. De mãos dadas com seu pai, aquela criança viu algo se elevar no horizonte, algo descrito como que “o mar se levantando”.
Não era o mar, mas uma imensa nave-mãe que emergiu das profundezas do Oceano Atlântico, vindo lentamente, sem fazer nenhum ruído, em direção à areia. Da gigantesca estrutura, abriu-se uma porta e do vão dessa passagem surgiu uma pequena escada metálica. Um ser extremamente humano desceu, conversou brevemente com o militar e os três entraram no veículo espacial.
No interior do objeto, a menina foi colocada numa sala com outras crianças, obviamente, de diferentes nacionalidades. Seu pai ficaria em outro cômodo, conversando com os seres adultos.
Muitos anos se passaram após esta experiência surreal até que a menina, agora uma mulher feita, ficou grávida de seu primeiro filho. O parto cesariana chamou a atenção do obstetra e ginecologista da família por uma inesperada descoberta no útero da moça. Uma das trompas de falópio, ou tuba uterina, havia sido arrancada de forma grosseira, o que levou o médico a suspeitar de um aborto clandestino.
Igualmente surpresa ficou a moça com a notícia, porque ela nunca tinha feito qualquer procedimento abortivo. Algum tempo depois, ela acabou descobrindo a Ufologia, os pesquisadores sérios e chegou até um psicólogo especialista em terapia de regressão.
Bingo! Foi aí que ela entendeu que o seu pai, voluntariamente, a colocou num experimento, entre humanos e extraterrestres (ou seriam intraterrestres?), relacionado à hibridização das espécies. Fazendo as contas, se ela foi abduzida aos 20 anos, estamos falando aproximadamente de 1945. A ciência humana só dominaria totalmente a fertilização “in vitro” (FIV) em 25 de julho de 1978, quando nasceu, na Inglaterra, Louise Joy Brown, o primeiro “bebê de proveta” da história.
Mais um caso de uma testemunha viva de uma tecnologia do futuro, décadas antes da sua concepção. E para acabar essa coleção de “videntes” involuntários, vou escrever aqui uma das resenhas mais curiosas e, até certo ponto, engraçadas que já me contaram em primeira pessoa.
Eu estava no meu primeiro grande congresso de Ufologia em Curitiba. O evento durava 4 dias, se chamava 8º Encontro Diálogos com Universo e era promovido pela prestigiosa Revista UFO.
Para resumir um pouco, em seguida aos numerosos eventos daquele segundo dia de Congresso, eu acabei numa mesa de jantar com alguns palestrantes e convidados. Ao meu lado, sentou-se uma mulher com seus 40 e poucos anos, muito falante e simpática. Em pouco tempo de papo, nós estávamos dividindo nossas experiências pessoais com os ditos “Discos Voadores”. Contei do meu avistamento na infância que foi seguido de um breve contato mental. Eu achei que estava abafando, afinal era um contato de 3º grau.
Para minha total incredulidade, eu estava diante de uma verdadeira contatada de 5º grau. Sim, ela era uma abduzida. E a sua crônica era algo digno de cinema. A Regina, dela eu me lembro bem o nome, era casada e passava por uma crise no relacionamento. O marido não tinha dúvidas de que era corno, estava sendo traído bem debaixo do seu nariz.
Durante muitas noites, ele acordava no meio da madrugada e não encontrava sua esposa dormindo ao seu lado. Regina simplesmente “sumia”. Desesperado, revoltado e muito nervoso, o marido se jogava no sofá da sala, de frente para a porta de entrada e, decidido, ficava esperando a adúltera voltar. Invariavelmente, ele pegava no sono e quando acordava, sua esposa estava novamente na cama, dormindo, e sem saber de nada.
As brigas do casal continuaram por um longo período até que uma amiga da Regina deu uma baita ideia:
- Por que você não vai a um evento de Ufologia? E se você foi abduzida?!
A colega não poderia estar mais certa. As duas foram, finalmente, até um evento que ficava em outra cidade e também tinha duração de alguns dias. Logo no primeiro dia de convenção, na sequências das apresentações, as amigas se instalaram em um pequeno quarto de hotel para passar a noite. No meio da madrugada, a parceira da Regina sentiu um calor muito forte, tão intenso que a fez acordar a tempo de presenciar uma forte luz apagar lentamente, ali no quarto. E, junto com a luz, a companheira também desapareceu!
Sem entender direito o que estava ocorrendo, a amiga saiu correndo procurando por Regina nas dependência do hotel. Sem sucesso na busca, ela decide voltar para o quarto, ajoelhar no chão, se apoiando na cama para começar a rezar pela amiga.
O mais extraordinário aconteceu: a luz forte voltou, do nada, e apareceu perto da cama da amiga e, “no meio” daquela luminosidade, uma Regina catatônica começou a ser “digitalizada”, pixel por pixel, ou célula por célula, melhor dizendo, bem ali, sentada na cama.
Quando o processo de “download”, vamos chamar assim, terminou, a Regina estava totalmente paralisada e com seu rosto todo marcado, como uma queimadura provocada por uma longa exposição ao Sol.
Você consegue imaginar o susto dessa moça que presenciou o funcionamento perfeito de uma tecnologia de teletransporte, bem ao estilo Star Trek?! E essa máquina nós ainda não temos, mas, na verdade, já estamos engatinhando no teletransporte quântico de informação de partículas. Uma hora essa tecnologia vai existir por aqui, não tenho dúvida.
Bem, no final do caso da Regina, o seu esposo demorou um pouco para acreditar na história da abdução, ficando até desconfiado de que a amiga era a amante e que as duas não foram para congresso de Ufologia nenhum, mas estavam mesmo curtindo o “casinho” numa praia qualquer.
Já dizia aquele velho físico teórico que gostava de mostrar a língua para um paparazzi:
"O tempo é relativo!"
É, em termos de futuro da tecnologia humana, o nosso futuro bem que pode ser o passado remoto de uma civilização que está há milhares de anos-luz à nossa frente.
Fred Sekkel

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