top of page

Dimensões: A Fronteira pra Ufologia Espiritual

Atualizado: há 4 dias

E se o que chamamos de espiritualidade for apenas um nome que damos a tudo aquilo que ainda não conseguimos explicar?

Não é raro nos depararmos com debates acalorados entre os defensores a ufologia casuística e os arautos da ufologia espiritualista. Talvez a chave para esse embate esteja na compreensão de certos conceitos da física, até então pouco explorados pelo público geral.

A Teoria da Relatividade de Einstein é, infelizmente, abordada de forma breve e superficial nas grades curriculares do Brasil e do mundo, o que impacta diretamente nossa percepção da realidade. Vejamos por quê.

Enquanto Newton classificou a gravidade como uma força invisível de aceleração, cuja origem não era plenamente compreendida, Einstein aprofundou a questão e demonstrou que a gravidade surge da curvatura do espaço-tempo causada pela presença de grandes massas como planetas e estrelas. Essa mudança de paradigma trouxe implicações muito mais profundas do que a visão newtoniana, que ainda predomina no senso comum, mesmo com o avanço da ciência.

Compreender os conceitos abordados por Einstein é um pré-requisito fundamental para entender o fenômeno ufológico. Caso contrário, estaremos anos luz atrasados em relação aos nossos visitantes estelares. Se esses seres são capazes de viajar distâncias exorbitantes no universo em curtos períodos de tempo, certamente descobriram um meio de manipular a gravidade e, consequentemente, distorcer o tecido do espaço-tempo.

Para que você, caro leitor, compreenda melhor os conceitos abordados neste artigo, farei uma breve explanação sobre as dimensões que os seres humanos são capazes de perceber e suas implicações práticas.

O ser humano comum percebe quatro dimensões: três espaciais (altura, largura e profundidade) e uma temporal, sendo essa o próprio tempo. Durante muito tempo, acreditava-se que percebíamos apenas três — ou seja, o espaço — até que Einstein demonstrou que o tempo é uma quarta dimensão inseparável das demais. Sem essa quarta dimensão, o movimento não existiria, e tudo estaria congelado em um único instante.

O tesserato, ou hipercubo, é a melhor representação gráfica do que seria na prática a quarta dimensão. Trata-se de um objeto tridimensional (3D) que se desloca em uma quarta dimensão (4D), ou seja, um cubo em constante movimento.

Einstein também demonstrou que as quatro dimensões estão “costuradas” formando a malha do tecido do espaço tempo, o que torna impossível alterar o espaço sem afetar o tempo, e vice-versa. Essa compreensão é essencial para explicar casos ufológicos em que abduzidos relatam terem passado longos períodos no espaço, enquanto na Terra transcorreram apenas minutos ou horas e vice-versa. Esse fenômeno é amplamente abordado no meu livro Operação Gênesis onde o leitor compreende na prática as implicações temporais que envolvem as viagens pelo cosmos.

 

Casos ufológicos de distorção temporal

Em 25 de abril de 1977, próximo a cidade de Pampa Lluscuma, no Chile, o cabo Armando Valdés e um grupo de soldados estavam em vigília quando uma luz intensa apareceu no céu.

Valdés se aproximou da luz e desapareceu por cerca de 15 minutos (segundo os soldados). Quando reapareceu, estava desorientado, murmurando frases estranhas e, surpreendentemente, com a barba mais crescida, como se tivesse passado muito mais tempo fora.

Seu relógio estava parado às 4h30, e a data no calendário do relógio mostrava 30 de abril, ou seja, cinco dias no futuro.

Outro caso emblemático em distorção temporal é o de Travis Walton, ocorrido em 1975. Travis foi abduzido no dia 5 de novembro, quando trabalhava com um grupo de lenhadores no Arizona. Após avistar um OVNI, ele foi atingido por um feixe de luz e desapareceu. Seus colegas, em pânico, fugiram, mas quando voltaram ao local, ele já não estava mais lá. Durante cinco dias, Travis esteve desaparecido, mas quando foi encontrado, estava desorientado e acreditava que tinha estado ausente por apenas algumas horas.

Dentro da suposta nave, sua percepção do tempo foi fragmentada. Ele se lembrava de acordar em um ambiente metálico, rodeado por seres humanoides de aparência estranha. Em determinado momento, após tentar resistir, perdeu a consciência e despertou novamente em um local diferente, onde encontrou seres de aparência humana. Para ele, os eventos pareciam não seguir uma sequência linear, e a noção do tempo dentro da nave era confusa.

Além da discrepância entre sua percepção e o tempo real que passou desaparecido, havia evidências físicas que indicavam alguma forma de distorção temporal. Quando foi encontrado, Travis tinha barba, apesar de sentir que não havia ficado tanto tempo ausente. Além disso, exames médicos indicaram que ele não mostrava sinais de desnutrição, algo anormal para alguém que, em teoria, não havia se alimentado por cinco dias. O exame de urina não detectou a presença de cetonas, substâncias que se acumulam no corpo quando a pessoa passa longos períodos sem se alimentar. Isso sugeria que, de alguma forma, seu metabolismo não havia entrado em estado de jejum, o que seria biologicamente impossível caso ele estivesse na Terra sem ingerir alimentos.

Pesquisadores sugerem que a passagem do tempo pode ter sido manipulada dentro da nave, seja por uma tecnologia avançada ou por algum tipo de efeito psicológico causado pela experiência. Outra possibilidade é que ele tenha sido colocado em um estado de suspensão no qual seu corpo não processava o tempo da mesma forma que normalmente faria. Algumas teorias ufológicas vão além e especulam que o ambiente dentro das naves pode operar em uma frequência temporal diferente, o que explicaria a sensação de distorção e os efeitos físicos observados em Travis.

 

Hibridização e gestações repentinas

Não posso deixar de mencionar os casos de inseminação ocorridas no ambiente de naves espaciais.

O que durante muito tempo me intrigou foi a forma como os fetos manipulados em contextos de abdução eram removidos tão prematuramente.

Muitos pesquisadores alegavam a possibilidade da gestação continuar em um meio não orgânico, como uma incubadora. Mas e se na verdade o que ocorre é um transporte da mulher inseminada a um local cujo tempo passa de forma acelerada? Nesse cenário a mulher seria submetida a uma aceleração temporal artificial enquanto na Terra poucas horas teriam se passado.

 

Se percebemos quatro dimensões, isso significa que só existem quatro?

A resposta é não. As dimensões existem independentemente da

percepção humana. O próprio Carl Sagan ilustrou isso no episódio “O Limiar da Eternidade”, da série Cosmos, ao demonstrar como um ser bidimensional de “Planolândia” só perceberia duas dimensões, mesmo estando inserido em uma realidade tridimensional. Aplicando esse conceito à nossa existência, é razoável supor que estamos imersos em pelo menos uma dimensão adicional, a quinta dimensão.

O interessante é que a quinta dimensão está longe de ser um conceito meramente místico, embora largamente apropriado por certas religiosas, trata-se de um conceito já previsto pela física quântica dentro da Teoria das cordas que prevê a existência de pelo menos 11 dimensões, permeando o conceito do multiverso e universos paralelos.

Embora a ciência preveja essa possibilidade, devemos tem prudência e bom senso ao explorar essa senda. Não é raro vermos supostos “extraterrestres” encarnados na Terra que alegam terem vindo da 18ª dimensão e a pergunta que me vem é:

“Por favor! Me explique as dimensões que vêm após a 11ª, pois isso vale um Prêmio Nobel”.

 

A Quinta Dimensão: O Próximo Território a Ser Desbravado

Se os seres que nos visitam possuem tecnologia capaz de percorrer grandes distâncias espaciais em curtos períodos, é plausível que tenham dominado o funcionamento das dimensões. Uma civilização que tenha explorado e compreendido completamente as quatro dimensões perceptíveis certamente se voltaria para o estudo do que está além delas, ou seja, a quinta dimensão.

É aqui que surge a hipótese interdimensional: a ideia de que alguns dos fenômenos ufológicos podem ser explicados pela interação desses seres com dimensões além das quatro conhecidas.

A física quântica já explora o que poderíamos chamar de “ciência do invisível”. Um exemplo disso é o Bóson de Higgs, uma partícula fundamental na criação da matéria, cuja existência foi confirmada apenas indiretamente, pois ela mesma não pode ser observada na fisicalidade. Da mesma forma, dimensões superiores podem existir e influenciar nossa realidade sem que sejamos capazes de percebê-las diretamente.

O filme Interestelar, de Christopher Nolan, ilustrou esse conceito ao mostrar um astronauta entrando em um buraco negro e conseguindo interagir com o passado de sua filha através de uma quinta dimensão, sendo percebido por ela como um “fantasma”. Isso é um paralelo com os relatos de seres interdimensionais que, ao operarem além da quarta dimensão, podem ser interpretados como manifestações espirituais ou sobrenaturais.

Infelizmente a ciência tem um histórico de rotular como “sobrenatural”

ou “espiritual” aquilo que ainda não pode explicar e é aqui que surge o “pré-conceito” acerca do tema.

O próprio David Grusch, ex-integrante da inteligência dos Estados

Unidos e uma das principais vozes a denunciar o acobertamento de fenômenos anômalos não identificados (UAPs) no Congresso americano, mencionou durante a hipótese interdimensional como uma possível explicação para esses eventos.

Se não compreendermos esse aspecto interdimensional, corremos o risco de continuar presos a paradigmas ultrapassados e de interpretar essas inteligências avançadas como “deuses” — exatamente como ocorreu no passado.

 

A Falácia dos Céticos Mal-Informados

Infelizmente existem certos “movimentos” dentro da ufologia brasileira

que tentam fazer aposição a todo tipo de abordagem que vai além da visão newtoniana da realidade. Alguns de seus idealizadores, claramente não compreendem conceitos básicos de física e tentam desqualificar ufólogos que ousam transpassar as barreiras dimensionais ao rotulá-los como “místicos”. Essa abordagem evidencia uma limitação intelectual considerável, pois rejeita hipóteses simplesmente por não se encaixarem em uma visão reducionista e ultrapassada da realidade.

A ufologia está em constante evolução, e compreender a hipótese interdimensional pode ser a chave para resolver muitos dos enigmas que nos intrigam há séculos. Se fecharmos os olhos para essa possibilidade, permaneceremos estagnados em um ciclo de ceticismo dogmático e explicações insatisfatórias.

O fenômeno ufológico não deve ser analisado apenas sob a ótica da tecnologia ou da astrobiologia, mas também à luz das leis fundamentais da física — incluindo aquelas que ainda estamos apenas começando a desvendar.

Além disso a percepção da hipótese dimensional deve ser considerada com cautela, sempre cientes de que aquilo que não podemos explicar é simplesmente uma tecnologia que não dominamos, do contrário cairemos no campo da religiosidade dogmática que tenta taxar tudo aquilo que não é humano como demoníaco.

Ao nos depararmos com estudos ufológicos que tentam categorizar seres alienígenas como sobrenaturais ou demoníacos, devemos refletir sobre o propósito por trás dessas alegações. No século 21, é mais razoável buscar respostas para esses fenômenos dentro dos avanços científicos do que simplesmente rotulá-los como "demônios". Essa abordagem reforça uma visão reducionista e limitada da realidade, semelhante à dos antigos, mas com a diferença de que, hoje, contamos com um conhecimento muito mais profundo e ferramentas científicas à nossa disposição. Categorizar o fenômeno como sobrenatural é, na verdade, um atestado de falta de entendimento. A ciência existe justamente para que possamos compreender o mundo ao nosso redor.

 

 

 







 

 

 

 

 
 
 

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page